O zagueiro Rafael Marques é um dos reforços do Atlético-MG para a temporada que conseguiu se firmar como titular da equipe e vem correspondendo às expectativas da torcida. Tanto na defesa, quanto pelos gols marcados, o defensor tem se destacado ao lado de Réver e tem feito o atleticano se esquecer do ex-titular Leonardo Silva, que se recupera de lesão no tendão da coxa esquerda e ainda não atuou na temporada.
Carioca, Rafael Marques não só já está adaptado ao time e ao esquema do técnico Cuca como aproveita cada momento de folga para conhecer melhor a cidade e os belo-horizontinos.
Graças a Deus estou me adaptando bem, procuro ficar em BH nos meus dias de folga. Não procuro viajar, eu tento conhecer mais a cidade com a minha esposa. Nas horas de folga eu curto bastante um cinema e um restaurante. Já tive a oportunidade de conhecer a Lagoa da Pampulha. Estava lotada, com as pessoas caminhando, muito receptivas comigo. O povo daqui me recebeu de braços abertos.
Rafael não se incomoda pela distância da terra natal, mas sente falta da praia, refúgio tradicional para um carioca da gema.
A praia a gente sempre sente falta, mas faz parte da vida, do meu trabalho. Estou há quatro anos atuando longe do Rio de Janeiro, mas Belo Horizonte é pertinho do Rio, 40 minutos de vôo. Mas no meu tempo de folga eu procuro conhecer BH, porque daqui uns tempos eu vou parar de jogar bola e não vou morar aqui. Quando eu parar de jogar eu aproveito.
Além dos pontos turísticos da capital mineira, o que chamou a atenção do zagueiro alvinegro foi a torcida do Atlético-MG. Ele já atuou em clubes como Grêmio e Botafogo, mas os atleticanos tem uma característica peculiar, na visão do jogador.
Vi uma coisa muito positiva na torcida do Grêmio, mas a torcida do Atlético-MG eu nunca vi igual. A paixão que cada um tem é loucura mesmo, os caras são loucos. Ganhando ou perdendo eles estão vibrando e cobrando o tempo inteiro. São apaixonados. Não é aquela coisa, está ganhando está incentivando, está perdendo, fica calado. Não. Domingo foi uma prova disso – disse Rafael se referindo ao momento em que o time era derrotado pelo Villa Nova, por 1 a 0, mas acabou vencendo de virada.
A gente perdia por 1 a 0 e eles não paravam de cantar. Isso nos incentiva ainda mais dentro da partida. É muito importante esses loucos estarem junto com a gente. Esperamos que a cada jogo a gente consiga reconquistar o carinho e a confiança deles. E a melhor forma disso acontecer é com resultado positivo. Tenho certeza que nossa alegria é a alegria deles, e vice-versa.
Um lance chamou a atenção de Rafael na partida contra o Villa Nova. O Galo já havia virado o placar e quando o zagueiro do Leão, Paulo Roberto, foi expulso após uma entrada em Réver, no canto onde a torcida alvinegra estava próxima, os jogadores atleticanos pediram apoio da torcida, que respondeu de imediato.
Estava pensando, é inexplicável. Você vê a torcida vibrar ali, naquele momento. Pedir o apoio deles e eles vibrarem. O Pierre e o próprio Réver pediram para gritar e eles gritaram. Eu e o Réver chegamos a comentar isso dentro do campo. Falei: "Réver, os caras não param de cantar. Mesmo a gente perdendo os caras estão loucos. É de arrepiar". Quando viramos o jogo e nesse momento, comecei a arrepiar dentro de campo. Esses caras são loucos!
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