O futebol proporciona situações curiosas. O ano de 2011 começou com o técnico Cuca no Cruzeiro, como vice-campeão brasileiro do ano anterior e com o status de um dos favoritos à conquista da Taça Libertadores da América. O Cruzeiro começou bem na competição continental. Foi o melhor entre todos os participantes da primeira fase, mas acabou eliminado nas oitavas de final para o limitado Once Caldas, da Colômbia, em plena Arena do Jacaré.
Cuca continuou no comando celeste e foi campeão mineiro, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG. Mas a má campanha no início do Campeonato Brasileiro foi fatal, e o técnico deixou o time azul, após cinco jogos sem vencer. Quis o destino que Cuca fosse trabalhar justamente no Galo, e que o Cruzeiro, após uma sequência de treinadores (passaram pelo clube Joel Santana, Emerson Ávila e Vágner Mancini) e maus resultados, chegasse à ultima rodada do Brasileirão ameaçado pelo rebaixamento.
O adversário celeste na luta contra a degola é justamente o Atlético-MG, de Cuca. O Cruzeiro se salva com uma vitória simples sobre o Galo, mas se empatar ou perder terá de torcer por tropeços de Ceará e Atlético-PR, que jogam contra Bahia, em Pituaçu, e Atlético-PR, na Arena da Baixada, respectivamente. Sem sentimento de culpa pela má fase do rival, Cuca nega que deseja rebaixar o Cruzeiro para a Série B e falou que seu time tem outros objetivos na partida de domingo.
Tem um outro lado de tudo isso. Por que eu vou pensar em uma coisa ruim para o outro, se eu posso pensar em uma coisa boa para mim? Por que eu não posso pensar em terminar o ano vencendo o clássico, conseguindo uma vaga na Copa Sul-Americana, quando tínhamos 76% de chances de cair e, hoje, estamos jogando um futebol bom? Vamos pensar em coisas boas para nós e não querer o mal de ninguém. Vamos dirigir nossa semana, como temos dirigido todas as outras, que, no domingo, vamos fazer um jogo bom como temos feito.
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